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segunda-feira, 27 de setembro de 2010
O direito à folga nom existe
Por Lupe Ces Rioboo
26.09.2010
De manhá, de tarde ou de noite, nas ruas e nas casas, nos postos de trabalho... todo o mundo participamos ou escoitamos estes días conversaçons sobre a folga que está convocada para o próximo 29 de Setembro. Nom estou a falar das horas e horas de campanha antisindical e antifolga, desenvolvidas polos medios de comunicaçom, preocupados por umha suposta violaçom do direito a ir a trabalhar, direito que se lhe nega em todo caso a mais de 220.000 na Galiza e catro milhons e médio de pessoas todos os días no estado espanhol, e por uns serviços mínimos, que ocupam o lugar que deveriam protagonizar os agentes convocantes da folga e o debate sobre a reforma laboral e das pensons, que tanto vai marcar as nossas vidas e o nosso futuro. Tampouco me estou a referir a esses tertulianos regurgitadores, na súa maioria, do prefabricado pensamento único, senom às conversas onde se discute se se vai a apoiar à folga, como se vai a organizar o día, que se opina dos sindicatos, e que esperança hai de cambiar as cousas ... porque isso sim, todo o mundo coincidimos de que a cousa pinta mal.
Se bem é certo que o meu pulsómetro de opiniom é bem reduzido, e que só se vê ampliado polas experiencias e comentários sobre outras conversaçons escoitadas pola gente que à sua vez fala comigo, vou dar o meu testemunho sobre o que levo vivido estes dias e que se condensa numha soa frase “O DEREITO À FOLGA NOM EXISTE NA MAIORÍA DOS POSTOS DE TRABALHO”, e só, a valentia e convicçom de muitos trabalhadores e trabalhadoras vai fazer possível que o 29S podam cumprir-se minimamente os objetivos de mobilizaçom.
Os tertulianos e algumhas tertulianas, todos estes días vozeavam que se os sindicatos conseguiam parar o transporte público, a folga estaria ganhada, dando a entender que era doado acadar o seu objetivo, como dicindo “assim qualquera fai umha folga geral” , quando em realidade, o destacável é que só no sector público e tamém, ainda que em menor medida, na grande empresa que concentra um número significativo de empregados e empregadas num só centro de trabalho, com comités de empresa fortes, com anos de experiencia organizativa, os trabalhadores e trabalhadoras podem ir à folga com um mínimo de garantías. No resto de empresas, quitando honrosas excepçons, a chantagem, a coacçom, o medo ao despido e às represálias, estám instaurados no dia a dia da vida dos trabalhadores e trabalhadoras.
Este é o verdadeiro termómetro democrático da sociedade que temos neste momento. A reforma laboral, a reforma das pensons, as medidas económicas... nada disto estava nos programas eleitorais dos partidos, e menos do partido que exerce no governo espanhol. Todas estas medidas forom inspiradas e exigidas por organismos internacionais (FMI, BM, Comissom Europeia...) que nunca fôrom elegidos democraticamente e nunca pugérom baixo a soberania popular a aprovaçom das suas políticas de “reajuste estrutural”.
Se preguntamos à maioria das pessoas em idade de trabalhar se quere que se aumente a idade de jubilaçom, a resposta seria maioritariamente negativa. O mesmo sucederia se se pergunta polo modelo de despedimento, polo tipo de contrato, polo salario mínimo, pola quantia das pensons, …
Outra pergunta que aclararia muito a situaçom seria a consulta sobre a banca pública, ou em que medida tenhem que aportar ao benestar social as grandes fortunas. E como essa, outras muitas que realmente fixeram aumentar a participaçom cidadá na aprovaçom de políticas públicas que tanto influem na vida e saúde das pessoas. Porque estamos falando da diferença entre viver umha vida laboral tranquila, enfrontando só os problemas que vam xurdindo dia a dia, que nom som poucos, derivados da própria atividade laboral, e o viver como se vive agora, por umha importantíssima porcentagem da classe trabalhadora, co medo ao despido, sem esperança pola escassez de emprego e aturando humilhaçons e chantagem, unido a prolongadíssimas jornadas laborais que já está tendo um efeito devastador nesta geraçom em quanto a enfermidades, acidentes e esperança de vida ...
Todo isto se desprende das conversas destes dias “se vou à folga, o xoves me chamam à oficina e dam-me o finiquito”; “agardaremos aos piquetes, fechamos e logo volvemos a abrir, isso é o que nos mandam”; “se perdo o posto de trabalho a onde vou?”; “como aqui tenhem moi difícil que poidamos vir trabalhar, obrigarom-nos moi amavelmente a colher vacacións”... Isso é o que hai, e me ratifico NOM EXISTE O DIREITO À FOLGA.
Dos sindidatos, das suas políticas, do que temos que cambiar em todos eles, nos nossos e nos que nos som alheos... hai que falar depois do 29S, agora unidade, unidade, unidade sindical fronte ao Capital.
26.09.2010
De manhá, de tarde ou de noite, nas ruas e nas casas, nos postos de trabalho... todo o mundo participamos ou escoitamos estes días conversaçons sobre a folga que está convocada para o próximo 29 de Setembro. Nom estou a falar das horas e horas de campanha antisindical e antifolga, desenvolvidas polos medios de comunicaçom, preocupados por umha suposta violaçom do direito a ir a trabalhar, direito que se lhe nega em todo caso a mais de 220.000 na Galiza e catro milhons e médio de pessoas todos os días no estado espanhol, e por uns serviços mínimos, que ocupam o lugar que deveriam protagonizar os agentes convocantes da folga e o debate sobre a reforma laboral e das pensons, que tanto vai marcar as nossas vidas e o nosso futuro. Tampouco me estou a referir a esses tertulianos regurgitadores, na súa maioria, do prefabricado pensamento único, senom às conversas onde se discute se se vai a apoiar à folga, como se vai a organizar o día, que se opina dos sindicatos, e que esperança hai de cambiar as cousas ... porque isso sim, todo o mundo coincidimos de que a cousa pinta mal.
Se bem é certo que o meu pulsómetro de opiniom é bem reduzido, e que só se vê ampliado polas experiencias e comentários sobre outras conversaçons escoitadas pola gente que à sua vez fala comigo, vou dar o meu testemunho sobre o que levo vivido estes dias e que se condensa numha soa frase “O DEREITO À FOLGA NOM EXISTE NA MAIORÍA DOS POSTOS DE TRABALHO”, e só, a valentia e convicçom de muitos trabalhadores e trabalhadoras vai fazer possível que o 29S podam cumprir-se minimamente os objetivos de mobilizaçom.
Os tertulianos e algumhas tertulianas, todos estes días vozeavam que se os sindicatos conseguiam parar o transporte público, a folga estaria ganhada, dando a entender que era doado acadar o seu objetivo, como dicindo “assim qualquera fai umha folga geral” , quando em realidade, o destacável é que só no sector público e tamém, ainda que em menor medida, na grande empresa que concentra um número significativo de empregados e empregadas num só centro de trabalho, com comités de empresa fortes, com anos de experiencia organizativa, os trabalhadores e trabalhadoras podem ir à folga com um mínimo de garantías. No resto de empresas, quitando honrosas excepçons, a chantagem, a coacçom, o medo ao despido e às represálias, estám instaurados no dia a dia da vida dos trabalhadores e trabalhadoras.
Este é o verdadeiro termómetro democrático da sociedade que temos neste momento. A reforma laboral, a reforma das pensons, as medidas económicas... nada disto estava nos programas eleitorais dos partidos, e menos do partido que exerce no governo espanhol. Todas estas medidas forom inspiradas e exigidas por organismos internacionais (FMI, BM, Comissom Europeia...) que nunca fôrom elegidos democraticamente e nunca pugérom baixo a soberania popular a aprovaçom das suas políticas de “reajuste estrutural”.
Se preguntamos à maioria das pessoas em idade de trabalhar se quere que se aumente a idade de jubilaçom, a resposta seria maioritariamente negativa. O mesmo sucederia se se pergunta polo modelo de despedimento, polo tipo de contrato, polo salario mínimo, pola quantia das pensons, …
Outra pergunta que aclararia muito a situaçom seria a consulta sobre a banca pública, ou em que medida tenhem que aportar ao benestar social as grandes fortunas. E como essa, outras muitas que realmente fixeram aumentar a participaçom cidadá na aprovaçom de políticas públicas que tanto influem na vida e saúde das pessoas. Porque estamos falando da diferença entre viver umha vida laboral tranquila, enfrontando só os problemas que vam xurdindo dia a dia, que nom som poucos, derivados da própria atividade laboral, e o viver como se vive agora, por umha importantíssima porcentagem da classe trabalhadora, co medo ao despido, sem esperança pola escassez de emprego e aturando humilhaçons e chantagem, unido a prolongadíssimas jornadas laborais que já está tendo um efeito devastador nesta geraçom em quanto a enfermidades, acidentes e esperança de vida ...
Todo isto se desprende das conversas destes dias “se vou à folga, o xoves me chamam à oficina e dam-me o finiquito”; “agardaremos aos piquetes, fechamos e logo volvemos a abrir, isso é o que nos mandam”; “se perdo o posto de trabalho a onde vou?”; “como aqui tenhem moi difícil que poidamos vir trabalhar, obrigarom-nos moi amavelmente a colher vacacións”... Isso é o que hai, e me ratifico NOM EXISTE O DIREITO À FOLGA.
Dos sindidatos, das suas políticas, do que temos que cambiar em todos eles, nos nossos e nos que nos som alheos... hai que falar depois do 29S, agora unidade, unidade, unidade sindical fronte ao Capital.